unbearable

shitty day
e a cereja no topo do sorvete: uma das únicas certezas que tenho na vida é que muitos desses ainda estão por vir. de longe eles parecem tão aguentáveis, parecem até justos, afinal, tudo tem seus altos e baixos. mas estar embaixo dá uma outra perspectiva do fundo, diferente da vista lá de cima. the bottom looks smaller when you're on the top...e o que eu sei? a pior coisa que já me aconteceu até hoje foi eu ter aprendido a falar. não aturei 1/3 do que muitos por aí já sofreram.
mas sei que o dia foi um diazinho muito, mas muito insuportável. e escrever sobre isso me traz um pouco de alegria...escrever é como estar no topo de uma montanha vendo a cidade funcionar. o tempo pára, existe o que aconteceu, o obscuro futuro, e aquele momentinho da digitação, que é o divisor das águas, imóvel, uma pausa pra respirar. e nesse exato minuto eu não dou a mínima pra mais nada no mundo, nem pro quanto eu pareço idiota falando tantas tonterias.
começou mal
eu dormi torta e pouco. acordei às onze, almocei, tudo num piscar de olhos. quando vi estava no pier 21, e, se eu soubesse que entrar no cinema seria pra não sair mais, teria me recusado a chegar em casa ontem. teria pegado na mão do samuel, ei, vamo embora daqui, e sumido...cadê o mr m quando mais preciso dele?
nenhum filme bom, e não podíamos sair pra comer, se não tinha que pagar outro ingresso. valiant, mulher do meu irmão, tudo em família, o sol de cada manhã, detestei todos, fora o sol de cada manhã, que realmente não entendi. eu tentava grudar na cadeira e assentar a cabeça, mas ela não queria. na verdade os filmes não eram de todo mal...valiant não é ruim, eu que não tenho 8 anos. tudo em família eu já tinha visto, o sol de cada manhã não é difícil de ser entendido, eu que não tenho memória em disco suficiente pra processar as informações, e mulher do meu irmão é uma bosta mesmo. coluna dói, tudo dói agora, vistas cansadas, cabeça pesada, corpo torcido, e a vontade de virar mágica e brincar de sumir pulsando no meu pescoço. enifm, a companhia era excelente. digo, a aline é uma boa amiga, uma pessoa muito interessante. mas eu simplesmente não tenho assunto suficiente pra conversa, fico vazia, o desgaste pra conseguir 5 minutos de fala num assunto só era imenso. caralho, eu quero ouvir música, nem isso eu consigo. ok, sim, a aline...sei lá, exaustivo, eu não gosto de gente, não gosto, não me sinto à vontade com pessoas, já me senti, não mais, não dá. por mais legais que elas sejam (coisa que não é muito frequente), o trabalho gasto é enorme. no último filme eu tava contando os segundos pra sair da sala. fora que o samuel não apareceu, digo, apareceu, não pra mim. uma hora não aguentei mais e saí do cinema com o pretexto de comprar milkshake, e voltar, mesmo tendo que pagar outra entrada, e o encontrei na praça de alimentação, a algumas mesas de distância, com mais umas 4 ou 5 pessoas, meia hora mais tarde do combinado. eu que não ia lá. deus, como senti falta dele.
nah, chega, é melhor eu ir tomar um bom banho e deitar. amanhã será um novo dia...

boa notícia do dia
estou planejando ir pra lagoa santa, mg, em agosto. um ônibus até bh, outro até lá, e voalá...economia de uns 100 real por mês, e talvez eu tenha grana suficiente pra ir e voltar sem problemas. lá estão os primeiros achados arqueológicos da américa do sul, datados de alguns mil anos atrás, sem contar a lagoa conhecida por operar milagres. quem sabe seja essa a minha salvação, não? tá tudo no papel. só falta ver os preços das coisas agora. ehheheh só.
and the rest is silence...