for bunny

eu não sei como me comunicar contigo. eu não sei o que dizer, fico nervosa, sem saber o porquê, não sei se fico calada ou se empino pratos andando num monociclo (epa, não, peraí, esse truque é pra quando eu falar com o chico buarque, é, isso), assim como não sei conversar com 80% dos meus amigos e colegas (e objetos de decoração). contigo o treco piora porque eu nos vejo numa relação muito promissora, seja ela de qual tipo for, seja amizade, seja sequestro, seja perseguição, não importa, eu não me conformo em não interagir contigo, não mesmo. já vi que com algumas pessoas a gente se dá fácil fácil (que é o caso da sua irmã e algumas outras pessoas que conheci nesses tempos), ainda que existam muitas diferenças de opinião, gostos, atitudes, ainda que não sejam da mesma espécie, existe uma desenvoltura entre as duas partes, tudo flui. com outras, eu não consigo e nem quero estabelecer algum contato, porque é difícil e porque não me interessam. mas você, você e mais uma meia dúzia de gatos pingados, você tá naquele grupo do meio, que são pessoas (most of them, most of the time) muito interessantes, e eu queria muito achar um canal que nos ligue (vira música se o cara do engenheiros do hawaii ler isso). se a natália ainda estiver triste quanto a mim, por favor, conte a ela a nobreza de minhas intenções e o quanto te irrita quando eu começo a falar sobre o zodíaco ou quando eu vou contar o jeito que você tossiu ano passado pra algum médico, e o drama todo que eu faço ao redor de coisas que são banais e extremamente ridículas pra você, o quanto de clarice há em mim que você não consegue tragar, principalmente minha aura de gudang, enfim, explica que tem horas que você me acha patética e nas outras, você tá dormindo. eu não sou perigo pra nada! vocês se amam, for god sake. já a gente, eu e tu, a gente se lembra, no máximo. não namoramos mais porque o nosso fim como namorados foi conquistado e merecido, ângulo a ângulo, diga a ela que eu não quero te reconquistar ou nenhuma asneira do tipo, porque se eu soubesse como, as coisas não estariam desse jeito! sem contar que, como eu disse há alguns posts, eu sou um envelope com destinatário muito bem escrito em letras garrafais, tenho alvo preciso, você sabe muito bem quem (mas, por via das dúvidas, vou dar uma pista: começa com Feli e termina com ifu), desde antes do fim oficial do namoro, tudo o que posso querer contigo não passa de conexão de ordem espiritual e afetiva com eventual fluxo de informações (como esses emails bacanas que você me manda). entendo também que você tenha se distanciado por conta de você mesmo, por falta de tempo e, sei lá, de vontade oras. quando a gente acha um colinho quentinho é difícil sair dele, eu sei. mas se precisar, me disfarço de livro de cálculo pra você não me abandonar.
percebi que sinto sua falta, da maneira que sentia quando ainda estava contigo. por favor, não me deixe, na medida do possível, por mais que seja esse o caminho natural das coisas. não estou convidando vocês pra um bacanal (essa frase é familiar), ou sim, se for num lugar limpinho...nem quero que a gente dê as mãos e comece a cantar "we are the world", ou qualquer coisa hippie na grama festejando o amor indiscriminado. eu quis entrar hoje, quando cheguei na sua casa e vi o carro (aliás, que vontade de pintar metade dele de branco pra ficar parecendo um kinder ovo...mui bonitinho! ou então fazer bolinhas pretas nele, joaninha total) da sua muié, pra gente se olhar de uma vez por todas, mas simplesmente não aconteceu. e não quero que isso se repita. tô carente, não de namorado, mas de bunny (de vitamina b12 também). e se você vem com brinde, uma natália acoplada, da mesma maneira que eu ia quando estávamos juntos, eu não ligo, eu quero com brinde, sem brinde, por email, carta, datilografia apache (lembra?), mensagem na garrafa, ou no celular, por mar, por terra, via embratel, não importa. responda quando e se quiser.
aqueles que concordam digam ay.