Thursday, September 21, 2006

falem o que quiserem, não existe melhor presente de aniversário do que uma corôa de flores, com "adeus, fulano" escrito em dourado numa faixa branca bem no meio, entre as papoulas e os lírios.
não pode faltar um cartãozinho explicativo, claro: "fulano, presente é coisa difícil de dar. tem que ser algo pessoal, que se adeque às necessidades cotidianas do presenteado, do que adianta aquele souvenir que você ganha e fica lá, jogado? quanto aos presentes das outras pessoas eu não sei, mas o meu eu tenho certeza de que um dia você vai usar"


ou um vidrinho de formol..



...ou ainda quem sabe um cartãozinho da melhor taxidermista da cidade?

Tuesday, September 19, 2006

"Os religiosos e médicos também trouxeram inovações nas artes marciais, com o conhecimento de outras artes que descobriam durante as viagens que realizavam. Por consequência destas viagens, existiram vários templos em diversos lugares. Abaixo alguns estilos que atribuem-se a estes templos:
[...]
TEMPLO de KWANGTUNG
Sistema de tigre-guindaste, Punho de Ch'a, Baratas Douradas, 10,000 Abelhas Atacando."

baratas douradas? que isso, o chico anysio andou criando coisas nas artes marciais e não contou a ninguém?

globalização

Os estudantes jovens tiveram que esperar fora do templo por uma eternidade antes que fossem aceitos ou rejeitados baseado no temperamento e atitude deles, sob observações discretas dos monges. Eles tiveram que suportar meses ou anos fazendo tarefas servis, antes que fossem aceitos como discípulos. Os que eram aceitos, recebiam uma educação em filosofia, belas artes e as artes marciais.


será que a unb é uma filial moderna do templo shaolin? que consórcio, hein.

artes hemaciais

"judô, que significa 'caminho suave'..."

ah ce tá brincando comigo que judô significa caminho suave?
aqueles dois tribufu se agarrando pelo kimono significa caminho suave?
chega perto de 'caminhão suado', e olhe lá

Thursday, September 07, 2006

talvez a lição mais dura que eu aprendi nesses anos seja a de que nem tudo que tá embrulhado em papel alumínio é docinho ou bolo de festa.







sempre surge uma pontinha de esperança mm

pollyanna é...

...uma pessoa muito vivida que exala sabedoria.
tô tomando chá de erva doce na esperança de que seja bom pro estômago.
mergulhei um milho na água dentro de uma panela, pus no fogo, e o que isso virar daqui a trinta minutos vai ser meu jantar.
a saudade aperta aperta aperta e, antes que me crucifiquem com pregos de ardilosa crítica e fria lógica, lembrem-se da quantidade de músicas sobre o assunto que foi escrita pelos mais rebeldes e indomáveis gênios que a humanidade já conheceu (sim, me refiro também ao sergio reis e ao sidney magal), eles não podem estar errados. claro que, estatisticamente, cocô é nutritivo, mas não temos como ignorar que tantas obras espremidas das dores de um apaixonado devem siginficar alguma coisa. é nobre minha causa, porra! existe o talento e existe o sofrimento; você pode fazer uma música ou para brincar com as notas, os sons, coisa experimental, científica, e from hell, diga-se de passagem (vai me dizer que kraftwerk e vangelis não são obra e graça do demônio?) ou então porque é a única voz que esse corno sufrido tem pra contar a todo mundo o quanto sua amada é marvada e te deixa na mão, literalmente (a partir daí, você começa a tentar inventar essas iniciativas criativas, porque elas evocam um deus que traz carros, apartamentos, mulheres e gargantilhas de ouro com pingentes das meninas superpoderosas. então podemos chamar a repetição sem alma ou sentimento de "ganhar dinheiro" ou, em português, "sandy e júnior"...se bem que aí também é sem talento). é do segundo caso que falo, não me culpem por ter cãibras telepáticas de saudade, nem por ousar escrever sobre elas, ainda mais nesse tom "quero ser clarice lispector", porque eu não tenho outro tom e gostaria sim de ser tão desvairada quanto ela, com aquela melancolia que fede a cigarrilha e poltrona velha. não adianta, sinto saudades e não ligo o quanto isso vá contra a filosofia do amor budista incondicional inatingível intangível improcrastinável e imprestável, que não exige troca e acontece em outra dimensão. em outra dimensão existe um monstro pra lá de engraçadinho no lago ness, o que diabos eu vou querer com amor? em outra dimensão temos unicórnios gente, unicórnios, o pé grande, ratos que não comem queijo, homens honestos, depilação eterna, eu lá vou ligar pra amor? que pelo amor de deus parem de fazer das outras realidades paralelas um depósito de desculpas pra determinadas condutas.
nessa dimensão, nesse exato momento, nessa circunstância, meu amado está longe. de férias de brasília e de mim. e eu queria meu companheirinho de volta.
eu queria ir ao cinema, ver um bom filme comendo cachorro quente, ou uma boa peça, enfim, qualquer programa interessante público desse tipo, mas só de pensar em encontrar aqueles mesmos desconhecidos conhecidos de sempre, na troca de olhares lenga-lenga, nos esbarros, nos 'ois' inesperados a pessoas 'sumidas', minhas nádegas já escorrem da cadeira numa atitude de fuga desesperada pro meu quarto.

e lembrar que pra fazer essas coisas eu vou ter que gastar dinheiro é ainda mais desesperador. sem bunny. é melhor eu parar por aí, não tenho mais ancas pra isso..

hm, será que não é o momento perfeito pra eu comprar uma flat hose? assim poderia limpar meu quarto melhor.

tentar dominar o mundo

eu tenho
23
dias de férias.
o que eu vou fazer com tudo isso?
nem minhas hemácias duram tão pouco. é melhor eu arranjar uma empresa pra cuidar (too much bluth in my head) ou organizar algum tipo de corrida de lesmas surdas. eu preciso produzir algo além de caspa e seborréia!
pra você ter uma idéia, hoje fui atrás do papelzinho que tem a lista de todos os florais e a utilidade de cada um, as indicações gerais de cada frasquinho daqueles. e acabou que no fim o que eu precisava mesmo era de um floral pra eu poder saber qual floral tomar, porque me identifiquei com todos os sintomas. baixa auto-estima - eu. falta de motivação - eu. falta de autenticidade - eu. ansiedade, ciúme - eu. egoísmo - eu. apego excessivo a pessoas - eu. apego com o passado e preocupação com o futuro - eu. falta crônica de um pipiu nos últimos dias - eu e meu bichinho que me abandonou. preguiça aguda - eu .e só até aí já foram nove florais (pena que não tinha floral de tabuada), o suficiente pra me fazer a Keith Richards dos homeopáticos. seria aí que entraria um especialista na área pra me indicar o mais adequado, mas ao invés disso, é aí que entra minha falta de juízo, e contra isso não tem gotinha três vezes ao dia que ajude.
liguei pra sua mãe e ela disse que a pessoa do ramo que ela conhecia não estava mais trabalhando. então decidi pagar pra ver, ora bolas, se bem não faz, mal também não pode fazer, como disse minha própria sogra, para todos os efeitos, do chão eu não passo. enquanto esperava minha dose única ficar pronta, eu dei uma olhada no tal catálogo de florais, e não estava achando o nome daquele que me fora (se eu pelo menos soubesse que tempo é esse que eu tô falando...) indicado, até que viro o folheto, e em destaque laranja naquele fundo verde papel higiênico, estava o nome do bendito: "Rescue - para situações extremas de perda, choque ou outras ocasiões igualmente desesperadoras". eu tô tão descabelada quanto eu pareço estar desesperada? só pode.
apesar deu ter gostado muito da moça do tarô. ela era bonita, meio envelhecida e desbotada, provavelmente uma ex-rainha do milho de algum lugar, mas nada como a velha gorda de longas madeixas negras, maquiagem pesada e pinta tamanho família na bochecha que eu esperava. quando ela disse que tem uma aliança me esperando pro atual relacionamento, eu comentei que seria uma catástrofe fazer isso com um namorado tão novinho quanto o meu. o que ela respondeu? "relaxa, a cabeça dele é muito boa. ele é maduro, muito novinho ainda, mas tá além do que prega a idade dele"
lá preciso de vidente pra me dizer isso? provavelmente ela viu a meia que te dei de dia dos namorados. espera só até ela ver o conjunto de suspensórios, lencinhos e cueca samba canção que você vai ganhar no seu aniversário, dá-lhe maturidade. e ela também disse que nos preocupamos demais. que eu devo cuidar da próstata e do fígado do meu pai, da minha má circulação, da pressão alta da mamãe. mamãe não é hipertensa. e pra próstata do meu pai, bem...passar minâncora deve bastar, não?


well...
hora de cair fora. tenho alguns livros pra ler e uma família pra apoiar (os bluth, oras)...e entre um e outro, muitas muitas muitas horas de sono