censura educativa

o hugo tschávez lá na venezuela prestes a tirar do ar a rctv, e nego protestando, fazendo cartaz, fazendo até microfone gigante de isopor pra reclamar do negócio...o lula podia seguir o exemplo e tirar a globo e a sbt do ar. eu não reclamaria e as futuras gerações agradeceriam (justamente porque dessa forma elas viriam a existir, sabe?)

dreamboats II

ai, perdão, quando fomos nos despedir semana passada eu fugi das regras, quebrei o decoro, ousei o impensável; quando você me beijou, sem querer encostei minha mão na sua bochecha, sentindo aquela barba mal feita raspar levemente a ponta dos meus dedos, e assim retive seu rosto perto do meu algumas frações de segundo a mais do que o de sempre, causa e solução para todos os meus problemas naquela hora. gente morrendo de fome e frio debaixo da ponte, coreanos comendo criancinhas grelhadas na manteiga, as calotas polares virando sopa e eu deitando e rolando na lembrança sensorial do que é te sentir bem de pertinho, nessa mísera memória que ninguém me tira. perdão porque eu tiro da sua sincera risada sobre coisas banais um prazer quase sexual, e perdão por todas obscenidades que cabem naqueles minutos extras que passamos juntos, que vão desde te puxar pelo cinto e cravar meus dentes nas suas coxas, até te imaginar abraçado comigo, quentinhos e quietinhos, esse tipo de coisa imoral.
espera algum dia eu descobrir que só tenho 24h de vida. apareço no teu quarto com um mandado de segurança reclamando um beijo e três horinhas de carícias pruma pobre moribunda. enquanto isso, vou lentamente grudando minhas ventosas em você, uma a uma, despedida por despedida, mão no rosto ontem, mão no ombro amanhã, mão na cintura mês que vem, até que a gente finalmente concorde em combinar mão na mão, rosto no rosto e todo o resto correspondente do seu com o meu. tenho oito tentáculos e todo o tempo do mundo, se precisar.
(e que seja, de preferência, antes do derretimento total das calotas. não lembro como é que faziam na hora da fornicação no waterworld)

dreamboats

não importa com quem eu me case, meu marido vai sempre ter que dividir espaço, no coração e na cama, com o michael corleone (ou um equivalente bonequinho dele, que vou criar e lançar uma só peça, só pra mim, assim que eu comprar a mattel). não existe igual. mentira, existe, vi na rihappy, quase convulsionei quando vi, e efetivamente convulsionei quando vi o garotinho de meio metro de altura que o acompanhava e teimava em chamá-lo de pai. aí fiquei sem saber o que fazer. descabelada, mesmo não tendo cabelo eu consigo essa façanha, com aquela camiseta ridícula do alub, mil bolsas e sacolas pra carregar, suada, ofegante e fedente, e ele numa boininha preta, hiper básica, reprimindo aqueles lindos cabelos negros e sedosos, de banho tomado e filho a tira colo, que conversa eu poderia puxar? "oi, tudo bem, eu sou babá, quando precisar de alguém pra cuidar do monstro, digo, do animalzinho aí, digo, seu filho, é só me chamar, ok?"



pensando bem, era uma idéia brilhante.

update: e vão ter que competir com o rapaz que me ensina a chutar também, que vem em terceiro lugar na lista de pessoas mais irresistíveis do planeta, e em primeiro na lista de pessoas mais inacessíveis do planeta.

meu blog tá uma baixaria. virou mongobongo o chimpanzé que queria dar. aí é nessa hora que eu culpo os hormônios e saio de fininho..

amiguinha uma banana.

e eu não tenho nada mais interessante a acrescentar

eu tenho fumado tanto que daqui a pouco vou arranjar uma piteira pra tragar o escapamento do meu carro.

tinha umas coisas pra escrever aqui, mas não lembro direito..

essa vida badalada de solteira que vai dormir às 9 horas da noite em pleno sábado tá acabando comigo.

querido diário,

a semana me rendeu um ingresso pro chico buarque e uma promessa do ronaldo de sair comigo no fim de semana que vem. e que o resto se FE-É-O-DE-A-DÁ fôda! já tô num lucro surreal.
e passei aqui só pra me dizer isso. sorria mulher, é bom ser você, bom até demais.

eu vou viver para ver isso acontecer.

Você vai me seguir aonde quer que eu vá
Você vai me servir, você vai se curvar
Você vai resistir, mas vai se acostumar
Você vai me agredir, você vai me adorar
Você vai me sorrir, você vai se enfeitar
E vem me seduzir
Me possuir, me infernizar
Você vai me trair, você vem me beijar
Você vai me cegar e eu vou consentir
Você vai conseguir enfim me apunhalar
Você vai me velar, chorar, vai me cobrir
e me ninar

não brinco mais de polícia-e-ladrão contigo

pode ser que o homem tenha uma namorada, vai que é verdade, mas se você juntar todas as novelas da rede globo e analisar uma a uma (duas a duas na verdade, já que eles contam com o ano de 200 dias pra apagar as lembranças da última novela, e assim poder repetir o tema retrasado na novela seguinte), juntar shakespeare com chico buarque, você vai ver que o namoro tá aquém da alma. não estou negando a importância de dar nomes às coisas, e suas complicações, nossa espécie precisa disso, mas é que...bem, agora eu estou do outro lado. abandonei a roupa de namorada pra ficar na nudez de uma pobre mortal solteira, antes eu era alguém, por ser alguém de alguém, eu éramos uma pessoa só, já cheguei a existir em dobro. mas isso não aconteceu porque eu ganhava presente no dia 12 de junho (sem ser dengue ou hepatite). isso aconteceu porque teve reagente ué, enquanto teve, tanto é que o 'nós' se foi algum tempo antes de alguém dizer que acabou. meu ponto é dizer que no fim do dia (ou da noite, se você for um morcego, ou o drácula, ou um adolescente desgovernado de brasília), quando chega a noite e cai a temperatura, aliança nenhuma vai te proteger do frio. ou até vai, sei lá, eu não sei fazer frase de efeito, só digo que não é garantia. e que garantias temos mesmo? ah sim, a da morte, essa é boa, derrete meio mundo de moral e bons costumes, ela é tão forte e clara que faz até sua própria discussão parecer pura perda de tempo. e tá me mandando levantar dessa cadeira e ir viver. devo obedecer.