Monday, February 26, 2007

free as a chicken

ah eu, eu tô mais perdida que surdo em bingo, te contei? pois é, eu terminei o namoro, doutora. numa das ondas de calor e espumação excessiva na boca, sugeri o fim, e, como uma torrada com manteiga, o fim logo colou, no primeiro lugar que encostou, minha sugestão nada criou, só deu nome aos bois e as vacas (programa de inclusão feminina nos ditados que usam animais) e começou meu desespero. agora parece ser de verdade, e agora eu tenho certeza do quanto eu tô perturbada, minha chance é essa pra concorrer ao oscar de pior atriz ensandecida. ai que chatice, "não existe esse oscar", eu crio a categoria, não seja por isso..
bem, o fim colou da mesma maneira que a tal da aliança teima em colar na minha mão. achei a bichinha até no chão do carro, aquele lugar onde você só acha fandangos e moeda de um centavo, e uma hora ela acabou indo pro dedo, sem perceber percebendo. até um anel de prata(?) tira onda com a minha cara. e eu tô num mundo praticamente adesivo. música romântica gruda na cabeça, o assunto namorado gruda nas ocasiões, e casaisinhos, grudados, ocupam, grudando, todas as mesas vizinhas à minha no mc donalds. não perdi uma parte de mim, ao contrário, achei um pedaço podre, solitário e maltratado, que aos olhos de qualquer biólogo mereceria um reino só para ele, de tão esquisito e miserável, quase bioluminescente do fundo do mar. pior: é imenso. tenho uma pollyanna do tamanho do texas e não sei como fazer ela caber no meu armário.
pelos motivos de sempre: ele entra com a indecisão, aí eu saio com o ciúme e a insegurança, o que sobra do choque cabe numa caixinha de jóia. falar em entra-e-sai sem estar falando de coito é mau sinal pra relação. o importante é que ele, imperfeito, ingrato, empanturrado em sua rebeldia juvenil, maior delinquente, quer conhecer pessoa(s). um absurdo! ele não sabe quem ele ama, eu ou o conforto de estar comigo, disse ele, não com tanta graça, mas disse sim. e eu me pergunto: que comodidade é essa que foge do meu planejamento maquiavélico de arruinar a vida dele? digo, confortável, ficar comigo? mas eu tô me esforçando o máximo pra que isso não aconteça. estranho. enfim, ele está numb. e não teria problema nenhum nisso, se eu soubesse se numb é as good as it gets. será que não estamos exigindo uma relação impossível, ao invés de aproveitarmos o que temos? vai aparecer muié, vai, porra! e se a muié for maravilhosa, aaah, se o superman usasse bota branca ele ia parecer um cotonete sujo de gosma de otite. se. se. se. se. se. se.
se.
mas eu sinto ciúmes. medinho de perder. medinho de eu não ser legal.


eu nunca fui legal.
até tava dando pra contornar um pouco a situação. mas me deu umas crises animalescas de propriedade privada e não pude suportar.
bem, nesse exato momento eu não sei se estava esperando as coisas erradas do relacionamento certo. tô precisando apanhar. algum voluntário que se chame gael?



free as a bird
is it the next best thing to be?
Free as a bird.





ps: se você leu até aqui e não notou que eu não faço a menor questão de fazer sentido, me fazer entendida ou não parecer ridícula, recomendo que você consulte o seu médico. do cu!

Wednesday, February 21, 2007

beetles

se eu fosse da al qaeda e redundantemente planejasse explodir o mundo, eu usaria uma arma nuclear que tivesse baygon. me recuso a dar a essas porcariazinhas o privilégio de virar raça dominante na terra, não aceito morrer sem levar pelo menos três milhões de baratas comigo. inclusive todas as que dividem quarto comigo e não pagam aluguel todo mês..

Wednesday, February 14, 2007

enquanto isso, no site do cespe...

..sinceridade nunca matou ninguém...

Sunday, February 04, 2007

isaque has left the building

os sites mais legais, completos, informativos e maravilhosos do universo:
http://ljs.winnercomm.com/Pepes_Lounge.html
http://www.teddybeartimes.com/

Friday, February 02, 2007

quando aparecem essas previsões apocalípticas sobre o aquecimento global, ou questões existenciais que nos diminuem a reflexos de luz e corpos cheios de vazios, eu começo a gostar dos meus problemas. dos meus ciúmes, inseguranças, das minhas brigas, picuinhas com a cicarelli, com a mamãe, com a programação da tv, com minha família, dos meus dentes tortos. todos eles, em perspectiva com coisas tão grandes quanto icebergs derretendo, viram cosquinhas na barriga, e eu viro a madre teresa, capaz de perdoar tudo e todos, achar graça das minhas mesquinharias, lembrar delas como futilidades tão simples e fáceis que deixam saudade. eu seria até capaz de comprar um disco do oasis!
a mafalda e o snoopy ganham peso de profetas, estar cansada é banalidade.
será que era disso que sartre tava falando com aquela história de ver todo mundo do alto do sexto andar?

continua...