Saturday, November 15, 2008

eu me rendo

faz tanto tempo que a gente não conversa, como conversava até mesmo antes do namoro, conversar de coração aberto, sem medo de se machucar. tudo bem, eu sei que tem um bom motivo pra isso não ter acontecido. gahhhhh guiiiilty, eu sei, eu sei, eu sei.
só que faz tanto tempo que isso não acontece, que eu não sei mais quem é você, e não é só por conta do meu estágio terminal de dda. talvez nem saiba mais quem sou eu, mas tá perdido. não existe sentimento no mundo que resista ao que eu te fiz passar.
e de duas, uma: ou a gente não se fala mais nunca ou então espera um bom tempo pra conseguirmos nos reescrever. de qualquer forma, agora, não tem como.
quem trouxe isso tudo fui eu, sei disso. não estou apontando culpados, só tô atestando de vez a derrota.
vou respeitar nosso silêncio e nossa falta de forças pra continuar.

ps: manera no álcool, e isso também vale pra mim. cada dia bêbado é um dia a menos pra você e seu reflexo fazerem as pazes.

1 comment:

Anonymous said...

poema do dahmer. Não tem nada a ver, mas adorei o "eu te odeio, eu te amo" :B

RONDA
(Para Carolina Passos)

Carolina, você não tinha o direito de pular. Você não tinha direito de se transformar no meu penhasco. Porque eu sou bem moço e já tenho o meu próprio penhasco (um grande e confortável penhasco de três quartos na Barra). Carolina, sua filha da puta. Eu te amo, eu te amo, eu te amo e merecia muito muito muito morrer bem antes de você. Porque eu sou bem moço e já tenho o meu próprio penhasco (um penhasco com vista para o mar). E porque eu não merecia, eu simplesmente não merecia. Não sou melhor do que ninguém, mas eu não merecia mendigar a Deus que você volte, toda durinha, linda linda linda de doer, só para ouvir os palavrões dos homens rudes que bebem nos bares, dos homens nojentos que nunca lhe amaram. Mas eu? Eu não merecia, eu sempre te amei e não merecia. Eu te odeio, sua filha da puta. Você é quem merecia me ver morrer todos os dias, Carolina. Você é uma filha da puta e eu te amo e juro que te odiarei para sempre. Porque eu deitei sobre sua sepultura com a garganta em sangue e quarenta graus de febre. Porque eu gritei que te amo e que te odeio e que te amo e que te odeio para Botafogo inteiro ouvir. “Saudades eternas”, eu vi que seu nome estava bordado em uma coroa de flores, ao lado da minha sentença. Você não tinha o direito de ser meu penhasco, sua filha da puta. Eu te amo, se você soubesse o quanto eu te odeio.